Uma cultura organizacional só se mantém quando é sustentada pela prática da liderança.
De fato, mais do que comunicar valores em discursos ou documentos, é a forma como líderes decidem, orientam e se relacionam que traduz o propósito de uma instituição.
Em outras palavras, são as atitudes diárias que dão credibilidade ao discurso.
Em um contexto onde organizações são constantemente observadas por colaboradores, clientes e comunidades, a coerência da liderança tornou-se um requisito estratégico. Caso contrário, qualquer iniciativa de cultura perde força e se distancia da realidade.
Neste artigo, vamos analisar como os conceitos de Marca da Liderança e Código de Liderança, desenvolvidos por Dave Ulrich e Norm Smallwood, oferecem uma estrutura clara para alinhar cultura e propósito à prática diária.
Veja também como a Haser tem aplicado esses modelos para apoiar instituições na construção de culturas vivas, consistentes e reconhecidas.
O que é Marca da Liderança e por que ela importa?
O conceito de Marca da Liderança não se refere à imagem de um líder individual, mas à reputação coletiva das lideranças de uma organização.
Ela expressa o quanto os líderes, em conjunto, conseguem transmitir de forma coerente aquilo que a instituição promete a seus públicos. Portanto, funciona como a tradução prática da promessa institucional.
Quando bem estruturada, essa identidade coletiva conecta cultura organizacional, proposta de valor ao empregado (EVP) e experiência das pessoas – dentro e fora da empresa. Além disso, funciona como elo entre discurso e prática.
É o elo que garante que valores institucionais não fiquem restritos a declarações, mas sejam percebidos na forma como decisões são tomadas, como equipes são orientadas e como clientes e parceiros são atendidos.
O que é Código de Liderança?
O Código de Liderança é o que traduz a marca em uma prática diária.
Criado por Dave Ulrich e Norm Smallwood, ele funciona como um guia que orienta comportamentos, decisões e prioridades de quem ocupa posições de liderança em todos os níveis da organização.
Não se trata de uma lista de regras, mas sim de um conjunto de princípios claros que alinham atitudes à cultura e ao propósito institucional.
Em outras palavras, ele transforma valores em conduta diária.
Quando construído de forma participativa, o Código oferece às lideranças um referencial comum: o que valorizamos, como tomamos decisões e quais condutas reforçam a experiência que desejamos gerar.
Dessa maneira, cria-se clareza sobre expectativas e unidade de propósito.
A liderança como canal vivo da cultura
A liderança é o canal mais direto e perceptível da cultura. Por outro lado, a chamada governança cultural não deve ser entendida como um mecanismo de controle, mas sim de clareza.
Quando líderes têm referências consistentes como a Marca e o Código de Liderança, conseguem transformar propósito em decisões coerentes e atitudes consistentes.
Essa coerência não impacta apenas colaboradores. Ao contrário, clientes, parceiros e até a comunidade em torno da organização percebem quando a liderança age de acordo com os valores declarados.
Por que isso faz sentido para a Haser?
Quando aplicamos esses conceitos, buscamos garantir que propósito e estratégia não fiquem apenas no discurso.
Assim, nosso compromisso é transformar esses referenciais em práticas vividas pelas lideranças, de forma que cultura e EVP ganhem coerência e relevância no dia a dia das organizações.
Alinhamento entre cultura e liderança
A Marca da Liderança conecta-se diretamente ao foco da Haser em cultura e EVP.
Quando líderes refletem a proposta de valor ao empregado e traduzem os valores estratégicos em suas ações, a organização fortalece sua coerência tanto internamente quanto na relação com o mercado.
Co-criação de sentido e pertencimento
Na Haser, acreditamos que a transformação se constrói de forma colaborativa.
Um guia de liderança desenvolvido junto com a organização gera clareza sobre expectativas, cria sentido coletivo e se torna um poderoso mecanismo de pertencimento.
Experiência integrada de pessoas e estratégia
EVP, cultura e posicionamento de marca empregadora só se tornam efetivos quando sustentados por lideranças que personificam esses princípios.
Em resumo, a estratégia só ganha vida quando os líderes a tornam prática cotidiana.
O modelo de Ulrich oferece a estrutura para que esse alinhamento seja real, unindo pessoas e estratégia em uma mesma direção.
Na Haser, entendemos que nenhuma transformação acontece sem líderes preparados para sustentar esse movimento.
Por isso, atuamos lado a lado com gestores e equipes, ajudando a dar forma à cultura por meio de método, cocriação e presença.
Juntos, podemos construir caminhos para que cultura e propósito avancem do papel para a realidade cotidiana.